Começar um negócio não é nada fácil! Muito mais que uma ideia brilhante, é necessário estudo, planejamento e, claro, recursos financeiros. A falta de capital para tirar uma ideia do papel afeta mais pessoas do que gostaríamos que afetasse. Mas, apesar da dificuldade, existem algumas maneiras conseguir o investimento necessário para alavancar a sua empresa.
Antes de correr para um banco buscando capital (que nem sempre é uma boa saída), é necessário descobrir qual o investidor perfeito para você. Há outros recursos, além deste, que poderão render bons frutos ao seu modelo de negócio e, sobretudo, poupar-lhe algumas dores de cabeça.
Deste modo, listamos algumas formas de investimento para você identificar qual se adequará melhor aos seus planos e ao modelo do seu negócio.
Bootstrapping: trata-se do primeiro passo para um investimento. É uma característica muito comum no mundo das startups, tendo em vista que neste modo de investimento, o empreendedor ou um grupo de empreendedores tiram dinheiro do próprio bolso para alavancar financeiramente o próprio negócio. A grande maioria das empresas, ao iniciarem suas atividades, utiliza deste sistema, até, caso seja essa a escolha, o alcance de um investimento maior.
Investimento-Anjo: este tipo de investimento advém de pessoas físicas, com capital próprio, suficiente para aportarem em empresas com potencial de mercado, além de, na maioria das vezes, terem expertise quanto ao conhecimento no mundo dos negócios e, geralmente, de nicho específico. Atualmente, é um dos investimentos mais conhecidos e procurados pelas empresas em estágios iniciais, muito em razão da genuína capacidade técnica, além da financeira, do investidor.
O termo “anjo” é utilizado nesta modalidade de investimento, pois, além de tratar-se de um investidor de capital, refere-se, também, a um apoiador do negócio, depositando seus conhecimentos, experiência e todo o seu networking a fim de auxiliá-los a aumentar, também, sua rede de relacionamentos.
Capital semente (Seed): Esta forma de investimento cabe às empresas que não são atingiram o seu ápice, mas que já possuem produtos lançados no mercado e alguma forma de faturamento.
Com valores que, normalmente, podem ultrapassar em até três vezes os valores que são investidos pelos anjos, esta forma de contribuição é interessante tanto para quem oferta, por oferecer menos riscos, quanto para quem recebe, pelo fato de os aportes serem mais altos. Geralmente, quem destina um fundo capital semente (seed) espera lucrar com o crescimento da empresa e a valorização do negócio, que pode vir a gerar uma venda bastante lucrativa.
Aceleradoras: apesar de muitos conceituarem como uma forma moderna de incubadoras, as aceleradoras são mais complexas do que realmente aparentam ser.
Normalmente, possuem um processo aberto para participação, tendo como método, além do aporte financeiro, a oferta de consultoria, treinamentos e participação em eventos durante um determinado período, que costuma variar de três a oito meses. Geralmente, em troca deste investimento, as aceleradoras embolsam uma participação acionária das empresas.
Incubadoras: atualmente, as incubadoras representam o modelo tradicional de investimento a partir de um projeto da empresa, objetivando a criação ou o desenvolvimento de pequenas empresas, contribuindo com o crescimento nos seus primeiros anos. O processo de incubação inclui ajuda quanto a modelagem do negócio, aprimoramento das técnicas de apresentação, entre outros.
Venture Capital: é uma forma de investimento utilizada a fim de apoiar os negócios, onde adquire-se uma participação acionária, objetivando ter ações valorizadas para uma posterior saída da operação.
Com duração média de 5 a 7 anos, o investimento poderá financiar as primeiras expansões, levando o negócio a novos patamares frente ao mercado. Normalmente, estas participações acionárias são minoritárias, pois esta forma de operação, diferente de um financiamento, implica, além da entrada de recursos financeiros, em um compartilhamento de gestão do investidor com o empreendedor.
Para negócios que precisam de uma “ajudinha” para fazer uma melhoria em seus produtos ou em seus serviços, esta solução é ideal!
Venture Building: esta forma de investimento, reúne características das incubadoras, aceleradoras e venture de capital, pois preocupa-se em fornecer o planejamento estratégico, captação de recurso, tanto financeiros, quanto humanos e, estrutura física. Seu objetivo não é apenas criar um produto, mas, também, construir um negócio de forma sólida.
Antes de procurar uma forma de investimento deve-se analisar cautelosamente a necessidade em tê-lo no seu plano de negócio. Caso não tenha pensado sobre isso escrevemos um texto que te ajudará a identificar o melhor momento para captar um investimento (link do artigo).
E por último, e tão importante quanto. Opte sempre pelo que você considera o melhor para a sua empresa ou siga a assertividade de algum investidor de startups que admira e confia. Ao fazer isso você diminui suas chances de errar.
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Heitor Amaral Ribeiro_ heitor@amaraladvogados.adv.br
Larissa Campos Sousa_ larissa.campos@amaraladvogados.adv.br